Vamos às perguntas mais frequentes deste tema:
Qual é o risco de trombose com o uso do anticoncepcional?
A informação é da American Society for Reproductive Medicine e consta em publicação de 2016:
A incidência de trombose entre usuárias de anticoncepcional hormonal combinado é de 3-15 a cada 10.000 mulheres
A incidência de trombose entre não usuárias de anticoncepcional hormonal é de 1-5 a cada 10.000 mulheres
A incidência de trombose durante a gestação é de 5-20 a cada 10.000 mulheres
A incidência de trombose no período pós-parto é de 40-65 a cada 10.000 mulheres.
O que tiramos disso?
O uso de anticoncepcional hormonal combinado aumenta o risco de trombose em até 3 vezes, mas ainda é 3 a 5 vezes menor que o risco durante a gestação não sendo episódio tão comum quanto se pensa.
Quais são os anticoncepcionais que aumentam o risco de trombose?
O risco é 2 vezes maior quando se opta pelo uso de anticoncepcional hormonal combinado com altas dosagens de estrogênio (acima de >50mcg) e com o uso de anticoncepcionais contendo progesteronas de terceira geração (gestodeno, drosperinona, desogestrel) em relação a outros anticoncepcionais hormonais.
Como o anticoncepcional causaria trombose?
Os hormônios atuam diretamente na coagulação do sangue, aumentando o número de fatores pró-coagulantes e reduzindo fatores anticoagulantes.
Tive trombose: Posso usar anticoncepcional?
A Organização Mundial de Saúde, divide os anticoncepcionais em 4 categorias quanto ao uso após episódio de trombose, sendo a categoria 4 "uso inaceitável", categoria 3 "riscos superam benefícios teóricos ou comprovados", categoria 2 "benefícios superam riscos teóricos ou comprovados" e a categoria 1 "sem restrição ao uso".
Os anticoncepcionais categoria 4: anticoncepcional hormonal combinado (pílula, anel vaginal, injetável).
Os anticoncepcionais categoria 2: anticoncepcional hormonal de progesterona (pílula, injetável), DIU Mirena.
Os anticoncepcionais categoria 1: DIU de cobre, camisinha.
Tive trombose e uso anticoncepcional: o que fazer?
Primeira coisa é procurar um angiologista ou um ginecologista que orientará sobre a manutenção ou retirada do anticoncepcional.
Autoria:
Dra Karolina Frauzino é Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e possui Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
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