top of page
Foto do escritorDra Karolina Frauzino

Por que usamos a espuma para tratar (algumas) varizes?

Atualizado: 8 de ago. de 2020





Senti necessidade de um vídeo mais curtinho para explicar uma dúvida frequente: por que usamos espuma para tratar algumas varizes?


Hoje não temos nenhum comprimido ou creme ou injeção que trate uma veia que está doente e isso inclui as varizes e as veias safenas. O tratamento para melhorar a circulação de retorno é direcionado para "retirar" essas veias doentes, permitindo que o sangue passe a circular somente pelas veias normais restantes.


Existem algumas substâncias que quando injetadas dentro das veias, provocam lesão por das veias sem afetar a saúde do paciente: dizemos assim que são substâncias esclerosantes. São líquidos usados nos procedimentos de escleroterapia.


Agora, imagine o seguinte: eu injetando esse líquido com uma agulha bem fininha em uma veia desse tamanho. Mistura no sangue, vai embora na circulação e nunca ouvi falar.


Procedimento fail, né?!


Algumas dessas substâncias, quando agitadas da forma correta, formam uma espuma espessa que, quando injetadas nessas mesmas veias maiores conseguem empurrar o sangue e "pregar" na parede da veia, para então fazer o efeito desejado.


Qual é efeito? O mesmo da escleroterapia dos vasinhos: são absorvidos pelas células da parede da veia e lesam essas células, com o objetivo tardio de fechar a veia, que pára de fazer parte da circulação.


Agora, quando isso acontece em uma veia fininha, o organismo tende a absorver aquela veia, que desaparece. Já numa veia maior isso não acontece, a veia permanece ali sem função, podendo em alguns anos voltar a funcionar, porém novamente doente.


Isso explica uma característica importante do uso da espuma em varizes grossas e veias safenas: necessidade de se fazer retoques na mesma veia depois de algum tempo.



 


Dra Karolina Frauzino é Cirurgiã Vascular, dedicada ao tratamento de doenças venosas e linfáticas, com Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.








Comments


bottom of page